Da Revista Época
O Ex-diretor da Petrobrás, Pedro Barusco afirmou em
depoimento que, a partir de 2004, o recebimento de propina na Petrobras “estava
institucionalizado”. Antes disso, durante o governo FHC, ele também
recebia dinheiro. Mas “por conta própria”. Ele diz que o primeiro esquema de
propinas na empresa começou, segundo informa o Estado de
S. Paulo, em 1997, com o primeiro contrato de
navio-plataforma com a holandesa SBM Offshore.
Barusco é um dos delatores da Operação Lava Jato. Como
engenheiro, trabalhou na empresa ao lado de Renato Duque, ex-diretor de
serviços indicado ao cargo pelo PT. Barusco afirma que ele e Duque dividiram
propinas em “mais de 70 contratos” da Petrobras entre 2005 e 2010.
Barusco voltou a dizer que, ele estima, o PT recebeu entre
US$150 mi e US$200 mi de propina. Os valores pagos, geralmente, envolviam
em torno de 2% do valor dos contratos. Desse montante, metade ia para o PT. A
outra metade,ficava com a "casa", como eram identificados os
funcionários da Petrobras. Barusco contou que recebia as propinas no exterior,
em contas na Suíça.
Segundo Barusco, a divisão dos valores não acontecia apenas
entre partidos da base aliada, para favorecer o governo: "Apareceu gente
de outros partidos", disse ele. "Eu não me envolvia nessa parte, para
que era o dinheiro. O rótulo era PT".
Ariadne Morais
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