Por Giovanni Sandes
As eleições de 2016 serão a campanha das oposições. E não se trata de falar a favor de qualquer partido específico. Quem ocupa uma cadeira de prefeito hoje sofre a falta de dinheiro ainda mais que os governadores ou a presidente Dilma Rousseff (PT). Recursos federais que antes jorravam passaram a ter fluxo menor e irregular. Os prefeitos lutam para deixar em dia a folha de pagamentos, imagine pensar em obras. É questão de tempo o eleitor cobrar do prefeito a rua não calçada, a escola nova – as promessas de 2012.
Pode parecer chiadeira, mas não é. Veja o Recife, uma cidade mais capaz financeiramente de lidar com a crise e que ainda assim não andou com várias obras. É o que faz vários partidos adivinharem tempo ruim para o prefeito Geraldo Julio (PSB), que deve concorrer com muitos nomes. Pense como vai ser no interior, onde a maioria das cidades extrapolou os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Quando o governador Paulo Câmara anunciou que mesmo na crise o Fundo de Desenvolvimento e Apoio aos Municípios (FEM) terá nova edição, a plateia foi à loucura no congresso da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). É dinheiro livre para investimentos à escolha dos prefeitos, embora ainda haja pendências de 2013 e 2014. E, por tudo que está na mesa, o novo dinheiro vai demorar a sair. De todo jeito, Paulo acerta. Dá sentimento de futuro aos prefeitos. Agora é saber se haverá tempo para eles terem o que mostrar em 2016.
Ariadne Morais
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