Por Priscila Krause
Domingo o Brasil vai pra rua – e peço para compartilharem essa postagem, divulgando ainda mais o movimento – sem bandeira de partido ou de candidato nessa ou naquela eleição. Sem representar os velhos rótulos que, massacrados sobre alguns, tenta macular e descredenciar. A gente vai pra rua, na paz, fazer coro e volume contra o mais ousado e grandioso complexo de corrupção que tomou do povo brasileiro o que tanto tempo demoramos para construir: a solidez econômica e política que nos proporcionou por anos acordarmos e dormirmos acreditando (acertadamente) estarmos na direção certa. Estávamos. Esse caminho virtuoso ficou para trás.
Os fundamentos da economia desabam na nossa cara. Privatizaram para si a Petrobrás! A corrupção deliberada e orquestrada por membros políticos da cúpula central do Planalto, pilar do desacerto desse início de governo Dilma, precisa ser desafiada por alguém. E esse alguém somos nós. Nosso coro é democrático: mais pessoas, mais força. Mais manifestações, mais pressão pela mudança. E é – objetivamente - esse o recado que vamos dar. Sobre a discussão do impeachment, não acredito que essa seja a motivação central das manifestações do domingo. Para mim, trata-se de artifício constitucional “sagrado” a ser levado em conta quando todos – absolutamente todos – os critérios jurídicos estiverem caracterizados.
Esse é um processo que exige cautela, menos emoção e mais objetividade, e está sendo observado de perto. Pelo bem da nossa jovem democracia. Jovem democracia que sairá maior da nossa manifestação. Da manifestação pacífica da classe média, dos mais pobres, das elites, do universitário, do profissional liberal, enfim, de todos que juntos deixarão claro, dia 15, que queremos voltar a enxergar com clareza o nosso futuro. Roubaram o nosso patrimônio, mas não roubarão a nossa força, a nossa voz.
Concentração 9h, Av. Boa Viagem, em frente à Padaria Boa Viagem.
Ariadne Morais
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