Com cinco mandatos na Alepe, ex-líder de governo e de oposição e
três vezes presidente da Casa, Romário Dias retornou ao Legislativo depois de
seis anos no Tribunal de Contas (TCE) – com a experiência técnica de fiscal de
contas para reforçar a oposição no papel fiscalizador do Executivo. Reconhece
que o rompimento de 2013 e o vazio deixado por Eduardo, "aliados à
presença de quadros mais experientes", deram expressão e força à oposição.
“No primeiro mandato (2007-2010), Eduardo teve uma oposição. Pequena, mas teve.
Em 2010, a derrota esmagadora de Jarbas (Vasconcelos) fez PMDB e DEM elegerem
poucos deputados. Eduardo tratou de reunir em torno de si políticos que nunca
foram de sua base, até dobrar a moderada oposição do PSDB, que deixou só Daniel
Coelho atuando como independente. Com a morte de Eduardo, não tem ninguém da
mesma estatura para liderar a base”, analisa.
Se o desempenho da oposição tem surpreendido, ele não se deve
ao vazio da ausência de Eduardo, afirma o vice-líder do governo, Tony Gel
(PMDB), mas sim ao próprio resultado das eleições de 2014, quando o senador
Armando Monteiro Neto (PTB), embora sendo derrotado por Paulo Câmara (PTB),
conseguiu uma votação expressiva - segundo afirma – para puxar uma bancada
maior que a dos últimos quatro anos. “Concordo que o rompimento de 2013
fortaleceu a oposição. Armando saiu das hostes do governo e levou pessoas que
participavam do governo, como Sílvio Costa Filho (PTB), que foi vice-líder da
situação. Cada um que saiu representou duas pessoas: uma a mais na oposição e
um a menos na situação”, entende Tony Gel.
Fonte: Jornal do Commercio
Ariadne Morais
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