21 de mar. de 2015

Oposição ganha espaço no vazio de liderança deixado por Eduardo Campos




Com cinco mandatos na Alepe, ex-líder de governo e de oposição e três vezes presidente da Casa, Romário Dias retornou ao Legislativo depois de seis anos no Tribunal de Contas (TCE) – com a experiência técnica de fiscal de contas para reforçar a oposição no papel fiscalizador do Executivo. Reconhece que o rompimento de 2013 e o vazio deixado por Eduardo, "aliados à presença de quadros mais experientes", deram expressão e força à oposição. “No primeiro mandato (2007-2010), Eduardo teve uma oposição. Pequena, mas teve. Em 2010, a derrota esmagadora de Jarbas (Vasconcelos) fez PMDB e DEM elegerem poucos deputados. Eduardo tratou de reunir em torno de si políticos que nunca foram de sua base, até dobrar a moderada oposição do PSDB, que deixou só Daniel Coelho atuando como independente. Com a morte de Eduardo, não tem ninguém da mesma estatura para liderar a base”, analisa.


Se o desempenho da oposição tem surpreendido, ele não se deve ao vazio da ausência de Eduardo, afirma o vice-líder do governo, Tony Gel (PMDB), mas sim ao próprio resultado das eleições de 2014, quando o senador Armando Monteiro Neto (PTB), embora sendo derrotado por Paulo Câmara (PTB), conseguiu uma votação expressiva - segundo afirma – para puxar uma bancada maior que a dos últimos quatro anos. “Concordo que o rompimento de 2013 fortaleceu a oposição. Armando saiu das hostes do governo e levou pessoas que participavam do governo, como Sílvio Costa Filho (PTB), que foi vice-líder da situação. Cada um que saiu representou duas pessoas: uma a mais na oposição e um a menos na situação”, entende Tony Gel.
Fonte: Jornal do Commercio


Ariadne Morais

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