É hora de Paulo desabrochar
Paulo Câmara é forçado pelas circunstâncias a fazer um intensivão de política. Se não bastassem a briga dos partidos da Frente por cargos no Estado, as questões administrativas do início de gestão e o imbróglio da eleição da mesa diretora da Assembleia, o governador ainda tem que apagar incêndio no PSB nacional por ocupar interinamente a presidência do partido. A entrevista de Luiza Erundina, com criticas à cúpula do PSB, repercutiu. Ela condenou a postura assumida no Congresso de formar blocos com partidos pequenos já de olho nas eleições municipais de 2016. Defendeu ainda uma reaproximação das forças de centro-esquerda.
Desde a morte de Eduardo Campos, ex-presidente nacional da sigla, o PSB se fragmenta mais. No cenário nacional, há várias alas, como as de Carlos Siqueira (onde se situam os históricos), da família Campos, Paulo e Geraldo Julio e de Márcio França, vice-governador de São Paulo. No cenário local, a divisão se reproduz, mas aqui os grupos se situam entre dois polos. De um lado, os mais antigos que estão com a família Arraes. Do outro, o PSB de resultado que faz de tudo para que Paulo e Geraldo Julio sejam reconhecidos como líderes.
O PSB perde a oportunidade de se colocar como opção das forças de centro-esquerda para 2018. Prefere ficar na órbita do PSDB, protagonista da centro-direita. É um momento para Paulo mostrar que pode ocupar o espaço deixado por Eduardo.
Por Sheila Borges
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