Três meses após eleição presidencial, a ex senadora Marina Silva, que chegou a liderar as pesquisas de intenção de votos, submergiu e viu seu grupo político se esfacelar. Os dois coordenadores da campanha de Marina, Walter Feldman e Luíza Erundina, afastaram-se da candidata e do esforço da criação de seu futuro partido, o Rede Sustentabilidade. A equipe que organiza a fundação do Rede, também sofreu baixa.
A ex presidenciável não é vista em público há mais de um mês. Sua última aparição foi no lançamento de um conjunto de propostas do Instituto Democracia e Sustentabilidade, em 12 de dezembro. Parte do isolamento de Marina deve-se a atitude de apoiar o tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição. "Foi uma contradição com o discurso que ela fez em campanha", afirma a deputada que se aproximou dos dissidentes do Rede engajados na criação do AVANTE.
Para Erundina, quem recebeu 22 milhões de votos em outubro, não deveria se omitir num momento em que o governo anuncia medidas impopulares, como o aumento de impostos e o corte de benefícios sociais. "A marina está muito silenciosa, muito calada, A conjuntura é grave e não vejo ela se pronunciar", disse ela.
Marina deve aparecer em público nesta segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, em ato pela criação do Rede.
Fonte: Folha de São Paulo
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