O Deputado Raul Jungmann (PPS), componente da bancada de oposição no Congresso, fala ao Folha Política, sobre a presidente Dilma e seu governo.
Sobre
o governo Dilma
“O que a gente vem verificando nesse segundo mandato é a progressiva perda de governabilidade por parte da presidente, a petista não apresenta capacidade de solucionar problemas".
“Isso fica muito evidente quando a própria base apoia a CPI
proposta pela oposição. Isso também se estende a outros setores como a
Petrobras, a solução para a crise de energia. Ela (Dilma) já não apresenta
capacidade na resolução de problemas. Se nós estivéssemos no parlamentarismo o
gabinete já teria caído, mas no presidencialismo o mandato é fixo, o que muda
as possibilidades”
“Estive recentemente em São Paulo e em Brasília. Conversei com muita gente e a
expectativa de todos no meio político é que apareça, neste governo, o Fiat Elba
que derrubou Collor. O governo do PT nos colocou em uma crise, que está posta.
E esta crise, neste momento, tem tudo para se agravar cada vez mais”.
Sobre a presidente Dilma
“Eu a considero uma mulher vítima dessa situação. Sinceramente, não acho que ela
está por trás de todos os malfeitos. Mas somos responsáveis quando nos
omitimos. Por isso, a sua perda de credibilidade crescente”, analisou.
Sobre o Petrolão e o Congresso
“Comenta-se
que pode sair uma lista com 80 deputados federais e 20 senadores envolvidos
nesse esquema. Isso pode decretar a acefalia do Congresso”, sentenciou.
“A percepção que
se tem hoje é que vamos caminhar, infelizmente, para esse desfecho. Como
vamos sair disso? Isso vai implicar necessariamente numa reforma política? Sem
consenso essas questões não saem do papel".
“Se Dilma perdeu
apoio no Congresso, o governo dela está a reboque do PMDB e não contrário. Ela
também vem perdendo as ruas e esses são grandes sintomas”, continuou.
A oposição
" A oposição deve trabalhar em duas frentes. A primeira delas é fazendo
a fiscalização da “corrupção sistêmica” e denunciar isso e dialogar com a sociedade e não só ficar na luta parlamentar, principalmente os
líderes, a exemplo do senador mineiro e ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB)".
Ariadne Morais
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