Por Marisa Gibson
Sem um projeto político para se contrapor ao PSB e sem candidatos expressivos que possam colocar em risco uma eventual reeleição do prefeito Geraldo Julio, os grupos de oposição, que se movimentam em torno da sucessão municipal, repetem a ladainha de sempre: “É muito cedo para o enfrentamento. A população ainda não está pensando em eleição e expor um possível candidato agora é abrir espaço para bombardeio do adversário, além de contribuir para o envelhecimento da candidatura antes de chegar a campanha”.
Tudo bem, mas assim como não se lança candidatos com um ano de antecedência, partido algum da oposição cria um bom candidato da noite para o dia. E, sem um nome de peso, repete-se o que aconteceu em 2010, quando todos os partidos que faziam oposição a Eduardo pressionaram Jarbas Vasconcelos (PMDB) para barrar a reeleição do ex-governador socialista.
A verdade é que a insatisfação de aliados do PSB em torno do estilo do prefeito acrescenta pouco às expectativas da oposição. Para levar a disputa do Recife ao segundo turno, seriam necessárias cinco ou seis candidaturas. A conta é dos oposicionistas que enumeram as postulações de Daniel Coelho (PSDB), de Sílvio Costa Filho (PTB), líder da oposição na Assembleia Legislativa, Edilson Silva (PSol), além de candidaturas em aberto do PT e PDT.
Por enquanto, o que motiva esses grupos a ir em frente é que, com base em pesquisas qualitativas, aponta-se que a gestão de Geraldo Julio estaria passando por um processo de frustração de expectativa e a tendência, diante da crise, seria a de uma maior cobrança do eleitorado.
Diário de PE
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