Da Pinga Fogo/JC
O clima no PSB/PE não combina com o de celebração e de união de fim de ano. Está mais para aquele coração da música Gota d’água, de Chico Buarque: um pote até aqui de mágoa. Os socialistas acumulam ressentimentos. Ao longo desta semana, os gestos contribuíram para trazer à tona os problemas colocados para baixo do tapete na campanha. Sem jogo de cintura, Paulo Câmara não está conseguindo aparar as arestas com o governador João Lyra e o senador eleito Fernando Bezerra Coelho, dois atores importantes para o projeto de poder do PSB.
Além das articulações para colocar Lyra na cabeça da chapa, negadas por ambos, pesam contra eles atitudes tomadas na disputa. O PSB de Paulo não engole o fato de Raquel Lyra, a filha do governador, ter entrado nas bases de deputados da sigla. Desagrada ainda a postura de Lyra de não fazer as entregas, já que há mais de 500 obras prontas, principalmente as financiadas com verbas do FEM. O Palácio não faz festa, como se não precisasse de propaganda.O PSB também não engole a máquina de Bezerra Coelho que só moe na direção do próprio grupo. Ou seja, dos dois filhos. Não abriu mão da candidatura de nenhum deles para favorecer outros projetos. Desde que venceu, FBC segue em faixa própria, como já era esperado.
Falta a Paulo maturidade para manobrar o barco, que é pesado, e superar as tormentas. O ex-governador Eduardo Campos faz muita falta ao PSB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário