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Fonte: O Estadão
A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista concedida neste domingo (21), ao jornal chileno El Mercurio, do Grupo de Diários América (GDA), que o país não vive uma crise de corrupção.A declaração de Dilma foi dada como resposta sobre efeitos políticos do esquema de desvio de dinheiro da Petrobrás em seu segundo mandato. O caso é investigado pela polícia federal desde março, no âmbito da Operação Lava Jato. Ao defender mais uma vez a punição dos responsáveis pelo esquema, Dilma afirmou que "não há intocáveis" no Brasil.
"O Brasil não vive uma crise de corrupção, como afirmam alguns. Nos últimos anos começamos a por fim a um longo período de impunidade. É um grande avanço para a democracia brasileira", disse a presidente em entrevista ao jornal. "No Brasil não há intocáveis. Qualquer um que não trate o dinheiro público com seriedade e honestidade deve pagar por isso. É um compromisso do meu governo".
" Eu mesma demiti, três anos antes das investigações, o diretor Paulo Roberto Costa,que confessou para a justiça a existência de um esquema de desvio de dinheiro na Petrobrás", disse na entrevista. O caso interferiu diretamente nos planos de Dilma, no final de seu primeiro mandato. A presidente foi obrigada a prorrogar a reforma ministerial.
Cuba
Na entrevista, Dilma também comentou sobre a retomada das relações diplomáticas entre Cuba e EUA. "Isso terá um impacto forte e positivo para toda a América . Uma expressão de que isto já poderá se constatar na Cúpula das Américas , em abril, no Panamá. O encontro e o aperto de mãos entre Castro e Obama será o símbolo de que algo novo está acontecendo no nosso continente", afirmou a presidente , ao destacar o significado histórico da decisão tomada na semana passada.
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