31 de jan. de 2015

PSDB vira "a noiva da vez" na eleição da Câmara



Com uma bancada de 54 deputados, o PSDB passou a ser cortejado como nunca na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Embora tenha anunciado apoio ao candidato Julio Delgado (PSB-MG), o partido sofre intenso assédio de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que no início da semana se reuniu com a bancada paulista e ofereceu a vice-presidência da Casa em troca da parceira. E Cunha não é o único: aliados de Arlindo Chinaglia (PT-SP) também negociam com os tucanos. 
Nesta quinta-feira, Chinaglia ligou para o líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA) – algo que não acontece no cotidiano. “Nós conversamos longamente sobre questões institucionais. Mas, se ele toma a iniciativa de ligar para mim, é porque naturalmente quer uma aproximação”, disse Imbassahy.
Na última segunda-feira, Cunha também buscou votos dos tucanos em uma reunião em São Paulo. Após o encontro, boa parte dos deputados chegou a defender a retirada da candidatura de Delgado, considerada enfraquecida nesta altura da corrida, e cogitaram uma debandada em direção ao peemedebista. O movimento pró-Cunha tem a articulação de influentes nomes tucanos, entre eles o deputado Carlos Sampaio (SP), que deve ser o próximo líder do partido nesta legislatura.
Os tucanos estão no centro da disputa não apenas pelo tamanho da bancada, mas também pela constatação de que a candidatura de Delgado está fragilizada às vésperas da eleição, o que provoca a antecipada costura do apoio do partido em um segundo turno sem a sua participação do socialista.

Fonte: VEJA

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