O PSB do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Julio está
dividido com relação à participação de um eventual governo Temer. Os dirigentes
socialistas fariam uma reunião nesta quita-feira (28) para tratar do assunto,
mas o encontro foi cancelado. Dentro da legenda, está claro que há uma divisão
entre a turma que quer uma vaga no governo Temer e outra que prefere manter a
postura de independência, sem ser governo ou oposição assumidamente.
“Ouvi muita gente do partido e resolvi adiar a reunião e convocar outra.
Mas não sei a data da próxima. Vou decidir ainda porque precisa amadurecer um
pouco essa ideia… na verdade, a reunião seria para examinar esse tema
relacionando esse novo cenário com o futuro do iminente governo Michel Temer…
qual seria a nossa posição, se participar, se não participar. Há um grupo que
acha que deve, outro grupo que acha que não deve. Achei que precisava de mais
tempo para administrar isso e ouvir todo mundo. Mas nem consegui, de tanta
correria aqui, ouvir todo mundo que gostaria. Então, achei melhor ganhar tempo
para decidir de forma madura. Falei com os governadores e com os líderes e eles
também concordaram (em adiar a reunião)”, explicou o presidente nacional do
PSB, Carlos Siqueira.
Paulo Câmara, Carlos Siqueira e o deputado
federal Tadeu Alencar estão entre os socialistas contrários a uma vinculação
ministerial com Temer. O governador, que é vice-presidente nacional do PSB, já
foi bem claro: dá para ajudar sem ter cargos. Ele viajaria nesta quarta para
Brasília para se reunir com outras lideranças da legenda, mas ficou em
Pernambuco com o cancelamento do encontro.
Pouco
se sabe quem são os integrantes do PSB favoráveis a esse caminho. Dentro da
legenda, nos bastidores, há quem diga que o deputado federal Fernando Filho
sonha em ocupar o Ministério da Integração, que um dia, no governo Dilma, já
foi do seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho.
Fonte: JC Online
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