Por Franco Benites
Os caminhos políticos do ex-senador Ney Maranhão e do deputado federal Silvio Costa (PSC) não se cruzaram no Congresso Nacional. Enquanto o primeiro se destacava no início da década de 1990 na defesa do então presidente Collor, hoje senador pelo PTB, o segundo iniciava a carreira política como vereador do Recife pelo modesto PMN. Vice-líder do governo Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal, Silvio é hoje, em parte, o que Ney foi no passado: um político que tem atraído os holofotes na defesa de uma gestão presidencial assombrada pelo fantasma do impeachment.
Ney Maranhão defendeu Collor mesmo com a aprovação do impeachment na Câmara Federal. “A minha posição é a mesma. Agiria da mesma forma”, garante. Hoje com 88 anos e assessor especial de Collor no Senado, ele analisa a postura de Silvio Costa. “Ninguém melhor do que ele para fazer a defesa. Ele é o que eu fui: o chefe da tropa de choque do presidente com muita honra”, diz.
Para Silvio, Dilma não tem o que temer. “A oposição sabe que não há motivo para impeachment. Defendo um governo em que acredito, uma mulher decente e digna. Faço isso com paixão. Ninguém vai tirar a presidente Dilma. Ela apareceu com 7,7% nas pesquisas, mas o PT tem base social. Manda mexer com a presidente que esses 7,7% vão às ruas ”, declara.
Silvio não deve parar por aí. “ Tenho 22 anos de vida pública limpa e isso incomoda os caras. Quando a presidente me convidou (para ser vice-líder do governo), sabia do meu perfil”, pontua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário