Do Portal LeiaJá
O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falecido em 2014, é citado na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido). De acordo com o depoimento do senador, Campos fez lobby para a escolha dos fornecedores da Usina de Belo Monte. Ele defendeu a contratação da empresa argentina Impsa que tinha uma subsidiária no Complexo Portuário de Suape, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Segundo Delcídio, a Impsa “contava com o maior lobby a seu favor, tendo o suporte politico do falecido Eduardo Campos”. “A influencia direta do ex-governador Eduardo Campos a favor, especificamente, da Impsa. De todos os concorrentes, a Impsa era única com cadeira cativa. Ao longo do fornecimento dos equipamentos, ficou demonstrada a inaptidão da Impsa em fazer frente a um desafio dessa envergadura”, detalhou. O contrato com a Usina Belo Monte era de R$ 800 milhões, mas foi cancelado.
A empresa integrava o grupo de fornecedores nacionais ao lado da SIEMENS, ALSTOM e IESA. Todas escolhidas pelo ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e a ex-secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.
A sede da argentina Impsa foi instalada em Pernambuco em 2008, naquele ano ela foi batizada de Wind Power. Ela fabricava equipamentos eólicos e turbinas, mas declarou falência após conquistar uma dívida de mais de R$ 2,5 bilhões junta aos bancos.
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