Sabe quando uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas tem? É que falar em preconceito está na moda, sejam questões sérias, políticas públicas para as minorias, seja o desvirtuamento e apropriação da palavra pela política. Por absoluta coincidência, em um curto espaço de tempo nós vemos dois exemplos: um local, PSB, e um nacional, PT.
Em Pernambuco, após a forte repercussão da nomeação dos filhos do ex-governador Eduardo Campos (PSB) nas gestões Geraldo Julio e Paulo Câmara, durante evento no fim de semana o partido reagiu. Deu fôlego à tese de que o jovem João Campos, 22 anos, estudante, nomeado como o chefe de gabinete do governador Paulo Câmara, é alvo de preconceito por ser da família Campos. Como se a família ou o grupo político ao qual ela pertence fosse de alguma forma excluído ou limitado de exercer política no Estado.
No plano nacional, nesta terça o PT vai ao ar com o seu novo programa partidário. E chega com a seguinte tese: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de governar o Brasil duas vezes seguidas, eleger e reeleger a sucessora, a presidente Dilma Rousseff (PT), é alvo de preconceito. E não cita escândalos, prisões e investigações.
Estamos em um período tão confuso que vemos surgir uma nova minoria: a dos grupos no poder.
Por Giovanni Sandes/ Pinga Fogo
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