26 de abr. de 2015

Para quem está no governo, 2015 promete ser o ano que nunca existiu


                                          Foto: Aluízio Moreira



Por Giovanni Sandes



Diz o clichê, governar é escolher prioridades. A frase soa como um ensinamento genérico, mas este ano prova quão relevante permanece para a política. Da presidente Dilma Rousseff (PT) ao mais longínquo município, em 2015 faltou dinheiro para todo mundo. Disso vem uma escolha difícil: é melhor concentrar o que sobra e fazer grandes obras ou buscar ações de impacto com pequenos projetos?

Dilma, Paulo Câmara (PSB) e outros governadores, além dos prefeitos, estão lutando para rodar a máquina pública, entre cortes de gastos e a pressão por mais investimentos. Mas Dilma, por exemplo, foi reeleita sem sequer apresentar programa de governo. E ainda não trouxe uma nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).Vemos cortes, sem clareza sobre aonde vamos.


Por isso, fora a camada grandiloquente dos números do Todos por Pernambuco, que faz de Paulo o governador da “maior edição da história” do programa, o importante dele é definir agora novas metas de gestão. Aliás, redefinir, pois com obras inacabadas e só um terço do dinheiro previsto para investir este ano, não há como começar a construir os quatro hospitais, as seis UPAS-E, barragens, duplicação de rodovias e ainda 16 mil contratações na saúde, educação e segurança, entre várias promessas de campanha.
Ao menos agora, muito do programa de governo está suspenso: 2015 se desenha como o ano que não existiu.

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