9 de abr. de 2015

Brasil inclui criança, mas perde jovem no ensino médio e mantém analfabetos






Do Último Segundo
O Brasil atingiu a meta de universalizar o ensino fundamental para as crianças brasileiras, tanto para meninos quanto para meninas. No entanto, o País ainda perde alunos no ensino médio, não conseguiu expandir devidamente a educação infantil e mantém 13 milhões de analfabetos acima dos 15 anos de idade. 
Isso é o que indica o relatório global Educação para Todos 2000-2015 (em tradução livre), lançado pela Unesco nesta quarta-feira (8).
Das seis metas de universalização da educação lançadas no ano 2000 e acordadas por 64 países, o Brasil atingiu apenas duas: a universalização do ensino fundamental e a paridade e equidade de gênero.
A qualidade do ensino, a evasão do aluno no ensino médio e a alfabetização de adultos ainda são os grandes desafios para a educação brasileira. 
Apesar da redução nos índices de repetência no Brasil, que baixaram de 24% em 1999 para 9% em 2011, o estudo constata que a aprovação na escola não veio seguida de melhora na qualidade do ensino.
"O relatório aponta a redução de qualidade do ensino em diversos países, o que faz com que as crianças entrem na escola mas não aprendam. Temos isso também no Brasil", indica Rebeca Otero, coordenadora de Educação da Unesco no Brasil. 
"O relatório aponta a redução de qualidade do ensino em diversos países, o que faz com que as crianças entrem na escola mas não aprendam. Temos isso também no Brasil", indica Rebeca Otero, coordenadora de Educação da Unesco no Brasil. 
Ela destaca a evasão no ensino médio: apenas 57% dos alunos brasileiros de áreas urbanas concluem essa fase do ensino até os 19 anos. "Hoje o ensino médio não está bem estruturado para tentar atender o nosso jovem. Além disso, é preciso qualificar melhor o professor para atender a esse público em termos de metodologia, de materiais, de ferramentas", lista. 
Os avanços na inclusão de crianças e jovens na escola não atingiram os adultos analfabetos. Há no Brasil 13 milhões de analfabetos com mais de 15 anos, segundo dados do IBGE de 2012.

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