Desde o início do ano, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL-PE) vem tentando, sem sucesso, estabelecer um canal de negociação concreto com o Governo do Estado acerca do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) da categoria. O SINPOL fez sua parte, negociou, esperou e muitas vezes tentou sozinho dialogar.
Há cerca de dois meses fizemos uma grande manifestação de rua, contando com a presença de mais de 1500 policiais civis. No mesmo dia, o diálogo que estava parado há mais de três meses foi retomado, e uma reunião com o Secretário de Administração do Estado, Milton Coelho, foi agendada para 15 dias depois. Já na tratativa oficial, na presença do próprio Secretário, sua equipe e da diretoria do SINPOL, o Governo se comprometeu a apresentar uma proposta concreta à categoria após o fechamento do quadrimestre contábil do Governo, no final de setembro. Contudo, mais uma promessa foi descumprida, sem ao menos uma satisfação ou contato.
Diante de tamanha falta de respeito por parte desse Governo, os Policiais Civis de Pernambuco deliberaram em Assembleia realizada hoje, na Sede do SINPOL, pelo ESTADO DE GREVE - com paralisação de 24h, a partir das 00h00min do dia 13/10/16 (quinta-feira). No mesmo dia, às 9h da manhã, no Marco Zero, haverá o Grande “Ato das Cruzes” (alusivo ao aumento dos homicídios e a falência da Política de Segurança Pública do Estado). A próxima Assembleia acontece no próximo dia 20, com uma passeata que vai em direção ao Palácio do Governo. Na ocasião, a categoria deve DECRETAR a GREVE da Polícia Civil de Pernambuco por tempo indeterminado, caso não haja a implementação do novo PCCV da categoria.
Para o Presidente do SINPOL, Áureo Cisneiros, todas as formas de diálogo foram tentadas, por isso a decisão foi tomada pela categoria. “Esperamos até agora o Governo se pronunciar. Inclusive fomos três vezes à Secretaria de Administração, procuramos o Secretário, mandamos dois ofícios e em nenhum momento fomos atendidos ou mesmo respondidos. Não aguentamos mais essa enrolação do governo, queremos o diálogo. A decretação do nosso Estado de Greve é justamente para forçar o debate”, revela o presidente do SINPOL, Áureo Cisneiros.
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