Um sonho que se desmanchou como um grande castelo de
areia. Mais de 500 mil brasileiros, alguns deles há mais de 20 anos, brigam
hoje na justiça por causa de um plano habitacional que fracassou. No começo dos
anos 80, financiado pelo Banco Nacional de Habitação (BNH) – que não existe
mais - e anunciado com alarde, esse plano construiu mais de 8 milhões de
moradias em todo Brasil. No entanto, algumas delas caíram e outras tantas estão
interditadas.
Dona Janete, mesmo correndo sérios riscos continua
morando na casa que tem paredes rachadas e o piso cedeu em vários pontos. Dona
Rita estava deitada na cama, quando o chão se abriu e a tragou, causando-lhe
danos físicos e deixando-a com sequelas. A casa do Pedro, ao simples toque, o
reboco vai ao chão. Seu Francisco, passou muito sufoco pra conseguir comprar a
casa onde iria morar com sua família mas, hoje ela encontra-se interditada há
quatro anos e ele voltou a passar sufoco, pois tem que pagar aluguel. A casa da
Rejane, caiu.
Em 27 de dezembro de 1999, foi ao chão o Edifício
Serrambi, deixando 11 feridos e 7 mortos.
A Região Metropolitana do Recife tem hoje, mais de 300 prédios
financiados pelo BNH que estão condenados. Para o engenheiro Carlos Wellington,
eles foram construídos de forma inadequada e sem engenharia e com baixa
qualidade. Segundo o presidente da Associação de Moradores,João Costa Filho,
100% dos prédios construídos em Muribece , no Jaboatão dos Guararapes, estão
interditados. A comerciante Erilúcia chora ao entrar em seu antigo apartamento,
depois de seis anos, quando foi interditado.
Hoje, são mais de 500 mil brasileiros que buscam na
justiça, indenização pela perda de seus imóveis. Pois, juto com as prestações,
cada um deles pagou um seguro de proteção de seus imóveis.
Em resposta ao Fantástico, a Confederação de Seguros,
disse que somente a Caixa Econômica Federal está autorizada a fazer acordos
judiciais, com relação a esses imóveis. A Caixa, por sua vez, disse que o assunto
ainda está em discussão e que não pode por conta própria contrair obrigações.
No entanto, quem está como agente financeiro nos processos que correm na
Justiça Federal, é ela , a Caixa Econômica.
Aqui em Paulista, já foram pagos mais de mil
seguros, através da FEMOCOHAB-PE. Entidade que, com uma excelente equipe , junto
com dois grandes advogados e sob o comando do presidente Antonio Camelo, resolveu
comprar essa briga em favor dessas pessoas menos favorecidas e que não tinham a
quem recorrer. Por essa razão, Antônio Camelo, passou a ser conhecido como Camelo do Seguro.
Fonte: Fantástico
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