Por Giovanni Sandes
Depois que, há três semanas, o Estado anunciou a nova meta de cortes de gastos públicos para R$ 920 milhões, no Palácio interlocutores afirmaram que o governador Paulo Câmara (PSB) realizaria encontros com vários setores do Estado – movimentos sociais e imprensa, por exemplo – e falaria ele mesmo sobre a gravidade da crise. Até porque o arrocho afeta segurança, saúde, educação…
É verdade, a aguda falta de dinheiro veio dos problemas nacionais, mas drenou Estados e municípios. Isto qualquer pesquisa rápida traz: notícias de governos quebrados Brasil afora. Mas o pernambucano não vive “Brasil afora”. E é ele quem vive a disparada da violência, que precisa ouvir Paulo Câmara falar como o desemprego é um drama ligado à segurança, que a falta de dinheiro dificulta soluções a curto prazo.
Paulo Câmara mantém agendas na capital. Vai ao interior sempre, de sexta a domingo. Mas não parou e disse: “Pronto, vamos passar a crise a limpo”. Segurança é uma das áreas à espera de debate, como cultura ou esportes. Quando o secretário da Fazenda, Marcio Stefanni, disse que o governo cogita aumentar impostos, sem maiores detalhes, Paulo Câmara não ficou para explicar. Preferiu ir para o interior de novo. E pronto.
No olho do furacão, a presidente Dilma Rousseff (PT) ao menos faz encontros com empresários, políticos, imprensa e movimentos sociais. Para falar da crise e dizer o que pensa.
Coluna Pinga Fogo
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