O Brasil continua sendo um país sui generis. Em dezembro de 2014, o TSE aprovou, com ressalvas, por unanimidade, a prestação de contas da campanha de Dilma/Temer da eleição presidencial daquele ano.
O relator foi o ministro Gilmar Mendes, cuja ojeriza ao PT dispensa comentários. Meses depois, porém, o próprio ministro pediu ao Ministério Público que as contas fossem reanalisadas por suspeita de recebimento de dinheiro sujo da Petrobras.
O pedido deixou o PSDB numa saia justa. O partido entrara com três ações no TSE questionando a prestação de contas dos adversários. E como não poderia prever a queda de Dilma, nem tampouco a ascensão de Temer, agora é obrigado a concordar com o ministro Herman Benjamin, que deseja julgar essas contas ainda este ano. Só que, para cassar o registro de Dilma, tem que cassar também o de Temer (a chapa é una), o que arrastaria o desfecho para 2018 porque caberia recurso ao STF.
Inaldo Sampaio
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