23 de abr. de 2015

Senado aprova voto distrital para eleição de vereador




Por Agência Senado

Vereadores de municípios com mais de 200 mil eleitores poderão passar a ser eleitos por voto distrital, sistema eleitoral que divide a cidade em partes (distritos) e elege o candidato mais votado em cada uma dessas partes. É o que determina o PLS 25/2015, do senador José Serra (PSDB-SP), aprovado nesta quarta-feira (22) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A matéria vai à Câmara e, para valer nas eleições de 2016, precisa ser aprovada até outubro.
De acordo com o projeto, uma cidade com mais de 200 mil eleitores será dividida em distritos, em número igual ao de vagas na câmara municipal. Cada distrito elegerá um vereador por maioria simples, ou seja, será eleito o candidato mais votado.
A divisão do município em distritos ficará a cargo dos Tribunais Regionais Eleitorais, conforme regulamento a ser expedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido ou coligação poderá registrar apenas um candidato a vereador por distrito e cada vereador terá direito a um suplente.
Hoje, os candidatos recebem votos de eleitores de todo o município, independentemente de onde sejam suas bases eleitorais. Os vereadores são eleitos pelo sistema proporcional de votação, na qual os votos recebidos por um candidato podem ajudar a eleger outros do mesmo partido ou coligação. É o número total dos votos válidos de cada agremiação que define a quantidade de vagas a que a legenda terá direito.
Conforme frisou o relator do projeto na CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), esse sistema permite que um candidato “puxador de votos”, que conquista grande fatia do eleitorado, eleja colegas de partido ou coligação, até quando a votação deles é menor que a de candidatos de outras legendas.
— Não podemos ir para as eleições de 2016 com essa mesma legislação eleitoral, sob pena de a população ficar ainda mais distante desta Casa. Esse é um importante passo que estamos dando para a reforma política — disse Eunício.
A Comissão de Justiça aprovou emenda do relator, para manter a propaganda eleitoral de candidatos a vereador no sistema distrital. Alegando dificuldade técnica para propaganda eleitoral fracionada por distrito, José Serra determinou, no texto original, que não seria destinado tempo de propaganda de rádio e televisão aos candidatos a vereador. A emenda aprovada suprimiu essa determinação e, conforme explicação do relator, caberá a partidos definir quais distritos e candidatos devem ter prioridade na grade de veiculação de propaganda.
Aplicabilidade
Na discussão do projeto, o senador Roberto Rocha (PSB-MA) disse ver dificuldade na divisão dos municípios em distritos, em especial em regiões de grande aglomeração urbana e pouca identidade local da população. Como alternativa, ele sugeriu o sistema distrital misto, modelo que mescla características dos sistemas proporcional e majoritário.
Apesar de ressaltar que seu partido defende o voto proporcional com lista fechada, Gleisi Hoffmann (PT-PR) apoiou a sugestão de Roberto Rocha. E para agilizar a tramitação da matéria, ela concordou com a aprovação do projeto na CCJ, desde que fosse assumido o compromisso de que, na Câmara dos Deputados, o projeto poderá contemplar o sistema misto.
Em defesa de seu projeto, o senador José Serra disse que a implantação do voto distrital nos grandes municípios será uma experiência a ser avaliada para posterior adoção em todo o país. Ele considera que o projeto fortalece a identidade local e ajuda a reduzir os custos das campanhas eleitorais.
— O projeto reforça a cidadania local — afirmou Serra.
Voto em separado
Em voto em separado, o senador Humberto Costa (PT-PE) encaminhou contra o projeto, por considerar que o texto fere a Constituição Federal. Ele alega que a mudança para o sistema distrital nos municípios não poderia ser feita por projeto de lei, mas apenas por emenda constitucional. Humberto Costa considera que a regra para escolha de deputados, prevista na Carta, determinando o sistema proporcional para as assembleias legislativas “em cada estado, em cada território e no Distrito Federal”, também vale para eleição de vereadores.
— Por simetria, não há como fixar um sistema eleitoral municipal diferente daquele previsto no artigo 45 da Constituição Federal — afirmou Humberto Costa.
Ao discordar, Eunício Oliveira disse não haver previsão constitucional para o sistema de eleição de vereadores, sendo que a norma para câmaras municipais está prevista apenas no Código Eleitoral, podendo, portanto, ser alterada por projeto de lei simples. Também Antônio Anastasia (PSDB-MG) discordou de Humberto Costa, afirmando que não se pode exigir simetria de aspectos ausentes na Constituição.

22 de abr. de 2015

Câmara aprova terceirização de atividade-fim


                                        Foto: Gustavo Lima


Congresso em Foco

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 230 votos a 203, emenda do relator do projeto de lei sobre terceirização (PL 4330/04), deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), e do PMDB, que muda alguns pontos do texto.
Além de manter a possibilidade de terceirização da atividade-fim, a emenda diminui de 24 para 12 meses a quarentena que o ex-empregado de uma empresa deve cumprir para que possa oferecer serviços à mesma empresa no âmbito de uma contratada de terceirização.
A aprovação da emenda prejudicará várias outras emendas apresentadas anteriormente, restando apenas mais três destaques para análise.
Tributação
A emenda também determina que, nos contratos de terceirização não sujeitos à retenção na fonte de 11% da fatura – prevista na Lei 8.212/91 para serviços de limpeza ou segurança, por exemplo – ou às alíquotas relativas à desoneração da folha de pagamentos, a contratante será obrigada a reter o equivalente a 20% da folha de salários da contratada, descontando da fatura.
Outra mudança feita pela emenda diminui o recolhimento antecipado do Imposto de Renda na fonte de 1,5% para 1% para empresas de terceirização dos serviços de limpeza, conservação, segurança e vigilância.
Sindicalização
Os deputados aprovaram o texto-base do projeto no último dia 8 de abril, mas, até o momento, pontos principais do projeto, como a terceirização ou não de atividades-fim, a sindicalização dos terceirizados e a responsabilidade da contratante ainda dependem de definição.

A emenda do relator muda o ponto sobre a sindicalização. Fica mantido o trecho aprovado no dia 8 que prevê a filiação dos terceirizados ao mesmo sindicato da contratante apenas se ambas as empresas pertençam à mesma categoria econômica. Entretanto, a emenda retira a necessidade de se observar os respectivos acordos e convenções coletivas de trabalho.
Responsabilidade
Quanto à responsabilidade da contratante, a emenda torna solidária a responsabilidade da contratante em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada.

Nesse tipo de responsabilidade, o trabalhador pode processar tanto a contratada quanto a contratante.

Defensores da lei de terceirização preparam ato na Câmara


Após verem as críticas ao Projeto de Lei 4330/2004 ganharem força em meio à opinião pública e, consequentemente, entre os parlamentares, setores empresariais decidiram reforçar o lobby no Congresso Nacional.
Nesta quarta-feira, além de procurarem os deputados, um grupo de defensores do projeto preparou um ato silencioso, na galeria da Câmara dos Deputados. A ideia é aguardar o momento da votação no local e, então, vestir camisas verdes e amarelas, como forma de dizer que a nova lei seria um avanço para o Brasil.

Mel Gallo

21 de abr. de 2015

Paulista: Processo chega ao TSE



Chegou nas mãos do ministro relator do  Tribunal  Superior Eleitoral (TSE), João Otávio de Noronha, o processo de nº 7759.2012.617.0146 e o mesmo já o encaminhou para Procuradoria pedindo que seja dado  parecer. Quando voltar, no prazo de no máximo 10 dias, o ministro relator irá preparar seu  relatório e elaborar seu voto, levando o processo a Plenário para que seja julgado pelos demais ministros, informou o advogado Lídio Souto Maior.

Esse processo teve origem em 2011 através de uma denúncia ao Ministério Público, encabeçada  pelo Movimento Promuseu ,  nas pessoas do empresário Marcelo Brandt Feijó e do professor e historiador Ricardo Andrade. Na época eles solicitaram ao Órgão que fosse pedido ao judiciário a anulação do pedido de candidatura de Gilberto Alves Feitosa Junior (PSB) e de seu vice Jorge Luiz Carreiro de Barros (PC do B) à Prefeitura do Paulista, assim como o afastamento do prefeito em exercício, Yves Ribeiro de Albuquerque (PSB). A alegação era de que estava havendo abuso de poder econômico por parte do então gestor em favorecimento de seus candidatos. A anulação não ocorreu e a campanha seguiu. 

Durante o processo eleitoral, a Frente encabeçada pelo então candidato da oposição, Sérgio Leite de Melo (PT), entrou com uma nova ação de mesmo teor,  dando assim origem a um único processo. Hoje, essa ação conta com mais de 22 volumes , mais de 5 mil páginas, configurando um dos maiores processos por crime eleitoral já visto no país.



Ariadne Morais

Morre o ex deputado Pedro Eugênio



Faleceu na noite desta segunda-feira (20), eem São Paulo, em decorrência de problemas cardiacos, o ex-deputado federal e ex-presidente do PT de Pernambuco Pedro Eugênio, 66 anos. Ele lutava há quatro anos contra problemas no coração, que se intensificaram há três meses. Foi para o Hospital de Beneficência de São Paulo, onde passou por cirurgia e estava se recuperando.

Pedro Eugênio teve problemas cardíacos pela primeira vez há quatro anos. Durante uma reunião na sede da Amupe, ele passou mal e precisou ser socorrido às pressas. Exames apontaram que ele tinha um aneurisma no coração. Pedro passou por delicada cirurgia e conseguiu se recuperar bem. Entretanto, algumas fontes informaram que há três meses o parlamentar começou a ter novos problemas cardíacos e iniciou tratamento, sem sucesso.

Pedro Eugênio de Castro Toledo Cabral nasceu no Recife em 29 de março de 1949. Economista formado pela UFPE, turma de 1975.

Em Paulista, PSDB adere à base governista





A convite do prefeito da cidade e com o aval, pós decisão, do deputado Daniel Coelho, que deixou o grupo livre para escolher,  o PSDB do Paulista, em conformidade com a grande maioria dos membros, resolveu aderir à base governista e apoiar a candidatura à reeleição do prefeito Junior Matuto. A secretária  geral da sigla optou por  ficar independente e deixar que os demais seguissem o caminho escolhido.

A decisão tomada na última semana teve como base a adesão ao governo, de forma independente, meses atrás, do ex vereador tucano Fabiano Paz, eleitor do deputado Betinho Gomes. Também esteve na balança, o desejo de pré-candidatos governistas em fazerem parte da legenda  mas, deixando claro que só poderiam fazê-lo, caso o partido compusesse a base do governo. O desejo de todos é fazer um partido forte com capacidade e condição de eleger um considerável  número de vereadores, 


Ariadne Morais

20 de abr. de 2015

Governo faz aceno ao MST



Do Poder Online
Na tentativa de responder às cobranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra pelo avanço na reforma agrária, o governo federal se comprometeu a assinar a primeira emissão de posse do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff ainda este mês. A data é simbólica, pois marca os 19 anos do massacre de Eldorado dos Carajás.
Com a presença dos ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social), o ato será realizado nas fazendas de Colatina e Cotia, no município de Prado, no sul da Bahia. Há também a possibilidade de a presidente Dilma participar do ato, a depender de sua agenda.