3 de jul. de 2015

Câmara pede união para enfrentamento da crise


O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta sexta-feira (3), no Recife, que a união de todos os atores políticos é necessário para o enfrentamento da crise que assola o País. Em entrevista à imprensa, após o encontro da cúpula do PSB em Boa Viagem, o gestor afirmou que um dos maiores desafios é “é atravessar esse período e criarmos as condições para o Brasil voltar a crescer”
“Não é apenas uma crise econômica, é uma crise política também. O clima de instabilidade política leva a expectativas negativas e influi em todo entorno econômico. É mais um momento necessário de união de todos, em favor de alternativas conjuntas que não prejudique a população e façam com que o emprego e renda volte a acontecer”, relatou o socialista.
Apesar da crise, o prefeito Geraldo Julio (PSB) relatou que o município receberá um investimento de mais de R$ 400 milhões neste ano. O socialista também esteve presente no evento.
“A gente encontrou a prefeitura investindo, em uma média histórica, R$ 188 milhões por ano. Fizemos um bilhão nos dois primeiros anos e iremos investir mais de 400 milhões de reais neste ano”, garantiu.
Blog da Folha

Jantar no Rio vai selar PMDB na oposição e lançar Paes ao Planalto


O PMDB não quer e não vai esperar o fim do Governo para desembarcar. Aproveitará a má fase do aliado PT e já pretende demarcar território com vistas à eleição presidencial daqui a três anos.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), convidou as bancadas do partido na Câmara e Senado para um jantar e passeio pelas obras da administração.
No jantar na Gávea Pequena, na próxima quinta (9), a turma vai saudá-lo como potencial candidato ao Planalto. Na sexta, a ‘press-trip’ peemedebista visita as obras do Porto Maravilha – a maior obra no Brasil do…PAC, financiado pela gestão do PT, iniciado no governo Lula e tocado pela gestão Dilma Rousseff.
O comboio de deputados e senadores também passará pela Vila Olímpica de Deodoro (Zona Oeste) e pelo Parque Olímpico em construção na Barra.
Embora Paes seja saudado como presidenciável, o movimento é mais partidário do que pessoal. Na verdade, o prefeito é candidatíssimo ao Governo do Estado.
Os entusiastas do projeto de independência do partido em relação ao PT e do pré-lançamento de Paes formam um poderoso trio da capital, dois deles com projeções em Brasília: A ideia, com o consentimento do prefeito, partiu dos Picciani – Jorge, o pai, presidente da Assembleia Legislativa; e Leonardo, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados. E com o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Coluna Esplanada

2 de jul. de 2015

Delegados protestam no Recife por melhores condições de trabalho



Do NE 10

Dezenas de delegados da Polícia Civil de Pernambuco estão mobilizados na manhã desta quinta-feira (2), na Rua da Aurora, em frente à sede da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), no Centro do Recife. O ato pede melhores condições de trabalho e reajuste salarial para a categoria.

O protesto começou por volta das 8h30, com concentração na calçada à margem do Rio Capibaribe. Os manifestantes saíram em passeata para o Palácio do Campo das Princesas. O ato saiu, por volta das 10h30, pela Avenida Mário Melo e pela Rua do Hospício.

"A categoria está sendo tratada como lixo no Estado. As delegacias estão sucateadas, não é feito concurso para escrivão e agente de polícia, e o trabalho é em cima de recompensas. Além disso, temos o pior salário do País e somos a terceira melhor polícia, o que é um contrassenso em um governo é lastreado em um programa de segurança pública", afirmou o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco, Francisco Rodrigues.

Embora uma das reivindicações principais seja a valorização da carreira, com o reajuste salarial, o aumento solicitado pelos delegados não tem porcentagem definida e não seria totalmente para este ano. "O nosso salário inicial é de R$ 9 mil, enquanto a média nacional é de R$ 15 mil. Queremos uma remuneração equivalente à do País em três anos. Nós sabemos que este ano o Estado passa por uma crise muito forte", disse.



Além da questão salarial, a categoria aponta condições de trabalho ruins nas delegacias. "A da Macaxeira, por exemplo, está em calamidade pública. Lá, se convive com sujeira, ratos e baratas. As condições são insalubres", apontou Rodrigues.

Em maio, durante a paralisação da categoria, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) denunciou ao NE10 falta de materiais, como água e até de papel para imprimir os inquéritos. Segundo a entidade, a situação é ainda pior no interior pernambucano, onde algumas unidades deixam de funcionar por falta de efetivo. No mesmo período, o Cidade Viva debateu o assunto.


Câmara aprova redução da maioridade penal




Após uma “pedalada regimental” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os deputados aprovaram, no início da madrugada desta quinta-feira (2) a redução parcial da maioridade penal. A proposta teve 323 votos a favor, 155 contrários  e 2 abstenções. A matéria ainda precisa ser apreciada em segundo turno para depois seguir ao Senado.
Na madrugada de quarta-feira (1º), o plenário da Câmara havia rejeitado o substitutivo do deputado Laerte Bessa (PR-DF) à proposta de emenda à Constituição (PEC) 171/93, que previa a responsabilização penal de jovens de 16 e 17 anos para crimes graves e/ou hediondos. O substitutivo de Bessa, elaborado em comissão especial, previa que adolescentes responderiam penalmente como adultos em crimes hediondos (homicídio qualificado, latrocínio, sequestro, estupro, entre outros), tráfico de drogas, casos de terrorismo, lesão corporal grave e roubo qualificado.
No entanto, após a derrota da madrugada, o presidente da Câmara articulou junto às bancadas da bala, evangélica e ruralista a apreciação de um novo texto, mas com conteúdo parecido ao que foi rejeitado. De forma conjunta, as bancadas do PSD, PSDB, PHS e PSC apresentaram, na tarde de quarta, uma emenda aglutinativa reduzindo a maioridade penal apenas em casos de crimes hediondos, homicídio doloso (intencional) e lesão corporal seguida de morte. A proposta também determina que os jovens de 16 e 17 anos comecem a cumprir as medidas sócio-educativas em unidade de internação específica e, ao chegar aos 18 anos, eles seriam transferidos para o sistema prisional comum. A proposta começou a ser votada na noite de quarta-feira e a sessão da Câmara se prolongou até o início da madrugada desta quinta (2).
Apesar de bem semelhante à proposta rejeitada pela madrugada, a matéria apresentada é um pouco mais branda, já que excluiu a responsabilização penal explícita nos casos de tráfico de drogas e lesão corporal grave. “Os que votaram contra a redução da maioridade penal deram uma verdadeira autorização para que esses marginais [jovens de 16 e 17 anos condenados] continuem matando”, afirmou o líder do PSC, André Moura.
A manobra de se apreciar uma emenda aglutinativa semelhante a um texto já reprovado em plenário foi classificada por alguns deputados como “golpe” ou  “pedalada regimental”. A líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), disse que a “pedalada regimental” pode criar um precedente perigoso. Ela afirmou que as mudanças regimentais podem gerar precedentes que hoje servem a um lado, mas, no futuro, poderão ser utilizado por outros. “Se hoje serve a alguns, amanhã servirá a outros. Ganhar no tapetão não serve a ninguém”, declarou.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi irônico e disse que “se a Câmara hoje fosse o Brasileirão, o presidente da Câmara seria o Fluminense”, em referência às várias viradas de mesa que beneficiaram o time carioca nos anos de 1990. “Eu considero essa sessão uma farsa. Uma afronta ao regimento. Hoje nós temos que reduzir as discussões dos critérios mínimos de democracia. Na calada da noite, arma-se um golpe. O parlamento vive hoje uma noite tenebrosa”, complementou o líder do Psol, Chico Alencar (RJ).
Até o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, criticou a manobra de Cunha. “Matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”, afirmou.
Os defensores da redução da maioridade penal, no entanto, classificaram como “normal” a manobra do presidente da Câmara. Eles alegaram que, como a PEC 171/93 não foi rejeitada, ainda havia a possibilidade de se apresentar emendas que poderiam ser incorporadas ao texto original. Cunha declarou que a emenda é legal e tinha respaldo no regimento.
“A população não se sentiu representada pelo resultado da votação. O que mais recebi foram mensagens de pessoas dizendo que deputado anda com segurança, não é assaltado e, por isso, não se preocupa com a violência”, disse o deputado Efraim Filho (DEM-PB).
Congresso em Foco

1 de jul. de 2015

Governo do MA pagou por obras de hospital inexistente, diz auditoria


Uma auditoria realizada por um grupo de trabalho criado pelo governo do Maranhão aponta que a gestão anterior pagou por serviços não executados em um hospital ainda em início de obras no município de Rosário (a 67 km de São Luís).
O hospital citado deveria ser erguido à margem da BR-135, a 5 km da sede da cidade de Rosário. A auditoria aponta que, dos R$ 4,8 milhões já pagos pela Secretaria de Saúde, foram feitos serviços que justificariam apenas o pagamento de R$ 591 mil, que seriam por medições iniciais. O prejuízo estimado aos cofres públicos foi de R$ 4,2 milhões.
No local, segundo fotos divulgadas, há apenas uma área de terra, com mato e sem nenhum tijolo erguido.
O trabalho foi conduzido pela Secretaria de Transparência, que entrega nesta quarta-feira (1º) o documento à Polícia Civil, ao Ministério Público Estadual e ao Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) do Maranhão. Uma auditoria especial também será realizada para aprofundar as investigações do caso.

Aprovação do governo Dilma Rousseff cai para 9%, diz CNI-Ibope



O governo Dilma Rousseff foi considerado ruim ou péssimo para 68% da população, em junho, quatro pontos percentuais acima dos 64% registrados em março, de acordo com a pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quarta-feira (1º), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com o levantamento, o percentual de pessoas que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 12% para 9% no mesmo período. Para 21%, o governo da presidenta é avaliado como regular.

Segundo a pesquisa, 83% desaprovam e 15% aprovam a maneira de a presidenta governar. Na pesquisa anterior, referente a março, esses percentuais estavam em 78% e 19%, respectivamente. De acordo com a pesquisa, 78% dos brasileiros não confiam na presidenta, enquanto 20% confiam. Em março, esses índices estavam em 74% e 24%, respectivamente.

A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 21 de junho a partir de 2002 entrevistas feitas em 141 municípios. A margem de erro é 2 pontos percentuais.


Fonte: JC Online

Bancada pernambucana e o voto da maioridade penal


O PSB, maior bancada partidária de Pernambuco, se partiu ao meio. O deputado Tadeu Alencar (PSB) declaradamente contrário, votou não, bem como João Fernando Coutinho e o líder do PSB, Fernando Filho. Já Marinaldo Rosendo, Gonzaga Patriota e Pastor Eurico foram no sentido contrário e votaram a favor da PEC. O também opositor Mendonça Filho, do DEM, autor de uma proposta de referendo sobre a maioridade penal para 2018, não surpreendeu e votou sim.

Os deputados Bruno Araújo e Daniel Coelho, ambos do PSDB, já haviam sinalizado estar a favor da PEC, após a versão tucana de restringir a redução da maioridade aos chamados crimes hediondos e graves ter passado, e confirmaram a opinião votando pelo sim. Já Betinho Gomes (PSDB), que havia dito ser “pessoalmente contra”, votou contra a redução, uma vez que o retirou a proposta na qual o Ministério Público iria fazer a avaliação dos casos. O deputado Cadoca (PCdoB), que até a manhã dessa terça havia dito não ter voto definido, votou contra a PEC.

“Aos 18, já pode ser deputado e vereador. Aos 21, prefeito. Então, hoje em dia, uma pessoa de 16 anos já saber o que quer. E tem muita bandidagem se aproveitando disso, dos menores, para colocar na frente na hora do crime”, disse Adalberto Cavalcanti (PTB), que fez parte do time que votou a favor da redução apenas para os crimes hediondos, bem como Anderson Ferreira (PR), Fernando Monteiro (PP), Augusto Coutinho (Solidariedade). 

Fonte: JC Online