15 de mai. de 2015

O peso de Raul Henry





Por Giovanni Sandes

Virou gracejo vindo do líder da oposição na Alepe, Sílvio Costa Filho (PTB), o presente de grego dado ao vice-governador Raul Henry (PMDB) pelo PSB do governador Paulo Câmara: cuidar da bomba que é a Arena Pernambuco.

O deputado fez uma comparação dura. Sem citar nomes, ele disse ter "receio" de ocorrer com Raul o mesmo que houve com um certo "secretário de saúde". Ele se referiu a João Lyra, vice de Eduardo Campos, que assumiu a Saúde, se desgastou e depois  , mesmo governador, foi preterido como nome do PSb nas urnas em 2014.

"Não sabia que o PSB era tão solidário ao PMDB", disse Sílvio Costa Filho, antes de fazer a comparação. 

Raul defendeu o lado técnico de sua "missão", enfatizando a área de infraestrutura. Afinal, ele coordena o Programa de Parcerias Público Privadas (PPPs) do Estado. Mas, pela ótica política, a comparação gerou desconforto a ponto de nem ele , nem qualquer parlamentar presente , incluindo a filha de Lyra, a deputada Raquel Lyra (PSB) , defender o ex governador, até para não evidenciar o ataque. 

E a aprovação faz sentido. Embora dê transparência a uma caixa preta, Raul está em um círculo de justificativas sem fim. Ele chegou sem o piso sentido por Lyra diante de Eduardo, então o maior de todos no PSB. Paulo Câmara é quem manda. Contudo, Raul acumula mais experiência política. E terminou escalado para um desgaste solitário.

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